Marido da senadora, ex-ministro Paulo Bernardo também será julgado no
próximo dia 19. Acusação diz que eles receberam R$ 1 milhão desviados da
Petrobras; defesa nega.
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou
para a próxima terça-feira (19) o julgamento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR),
do ex-ministro Paulo Bernardo e do empresário Ernesto Kugler
Rodrigues, ligado ao casal.
Na semana
passada, o ministro Celso de Mello, revisor da Lava Jato no STF, liberou o caso para julgamento.
Nesta terça
(12), o ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Segunda Turma, marcou a
sessão destinada à análise do caso.
Segundo a
acusação do Ministério Público, os três, "agindo de modo livre, consciente
e voluntário”, pediram e receberam R$ 1 milhão desviados
do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
O dinheiro,
ainda de acordo com a denúncia, teria sido direcionado para campanha eleitoral
de Gleisi em quatro parcelas de R$ 250 mil.
O repasse
teria sido realizado, segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), por meio
de empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef contratadas pela Petrobras.
Ainda conforme
a PGR, os recursos foram liberados pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo
Roberto Costa, cujo objetivo seria obter apoio político de Gleisi Hoffmann e
Paulo Bernardo para se manter no cargo.
Versões
À época em que Gleisi e Paulo Bernardo se tornaram réus
no Supremo, a defesa da senadora negou os crimes e apontou supostas
divergências entre as declarações de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef nas
delações premiadas, especialmente em relação ao modo como o dinheiro teria sido
repassado.
A defesa de
Paulo Bernardo também rebateu a acusação, alegando que não teria sido provada
interferência do ex-ministro para manter Paulo Roberto no cargo de diretor na
Petrobras.
Fonte: Por Mariana Oliveira, TV Globo, Brasília/ Foto: A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-ministro Paulo Bernardo, marido dela (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)
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